Gurus da Qualidade Mundial - 1º A. Blanton Godfrey
Dr. A. Blanton Godfrey (Blan) é reitor e professor
de Gestão e Tecnologia Têxtil e de Vestuário da Faculdade de Têxteis na
Universidade do Estado da Carolina do Norte, EUA. A Faculdade é uma instituição
líder do gênero no mundo e é responsável por mais de metades dos doutorados
dessa área nos Estados Unidos. Antes de ingressar na Universidade da Carolina
do Norte, em 1º de julho de 2000, Blan atuou como Presidente de Conselho e
Diretor Geral Executivo (CEO) do Instituto Juran, Inc., organização líder em gestão
de consultoria, pesquisa e treinamento com foco em gestão de qualidade e
excelência comercial, posição a qual ocupou por treze anos. Antes de entrar no
Instituo Juran, Blan atuou como Chefe do Departamento de Teoria e Tecnologia da
Qualidade dos Laboratórios AT&T Bell. O departamento focava em pesquisa
aplicada nas áreas de gestão de qualidade e tecnologia, confiabilidade e
produtividade.
Blan ingressou nos Laboratórios Bell em 1973, após
receber os títulos de Mestre e Ph.D. em Estatística pela Universidade do Estado
da Flórida e de Bacharel em Física pelo Instituto Politécnico e Universidade
Estadual da Virgínia. Por dezenove anos, Blan atuou também como Professor
Adjunto na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade Columbia,
onde ministrou aulas em cursos de pós-graduação em gestão de controle de
qualidade. Por quatro anos, foi docente convidado em gestão de qualidade
clínica na Universidade de Harvard. Blan é membro da Associação Estatística
Americana (ASA), da Sociedade Americana para a Qualidade (ASQ), da Academia
Mundial de Ciências de Produtividade (WAPS) e a Sociedade Real para o
encorajamento das Artes, Manufaturas e Comércio (RSA).
É membro eleito do Sigma XI, da Academia de
Ciências de Nova York (NYAS), da Sociedade da Fibra e é membro da Academia
Internacional para a Qualidade (IAQ). É também listado pela “Who‟s Who” nos
Estados Unidos. Publicou mais de 200 artigos e capítulos de livros e foi
co-autor e co-editor de cinco livros, incluindo “Modern Methods for Quality
Control and Improvement‖ e “Curing Health Care: New Strategies for Quality Improvement‖. A primeira
edição de Modern Methods foi considerada o “Livro do Ano” pelo Instituto de
Engenharia Industrial e a segunda edição foi publicada em 2002. É coeditor
(juntamente com Dr. Joseph M. Juran) de “Juran's Quality Handbook‖, quinta
edição, publicado em março de 1999, e a edição chinesa em 2003. A edição
japonesa e a edição revisada em brochura de “Curing Health Care‖ foi
publicada em 2002. Blan foi coeditor da seção de Gestão de Qualidade e
Estatísticas Comerciais da Enciclopédia de Estatística em Qualidade e
Confiabilidade, publicada em 2007.
Dr. Godfrey foi membro da delegação dos Estados
Unidos no Comitê Técnico 176 da ISO de 1980 a 1987, durante os anos de criação
das séries de padrões ISO 9000. De 1987 a 1990, Blan contribuiu para a criação
do Prêmio de Qualidade Nacional Malcolm Baldrige (MBNQA) e atuou como jurado
nos primeiros três anos da premiação. Atuou como membro do Conselho de
Examinadores novamente em 1999 e 2000. Também foi o Chefe dos Jurados para o
Prêmio de Qualidade da Força Aérea dos Estados Unidos e do Conselho
Administrativo do Prêmio para a Excelência de Connecticut. Blan atuou como
membro do Conselho Administrativo do Instituto Juran, da Associação Estatística
Americana, da Rede de Gestão de Qualidade do Instituto de Desenvolvimento da
Saúde (IHI), da Textera, do Instituto Nacional de Ciências Estatísticas (NISS),
do Conselho de Fiéis para a Rede de Esperança contra o Câncer e do Conselho
Fiscalizador da Faculdade de Administração da Universidade Fordham, do Conselho
Consultivo Nacional para a iniciativa especial da Fundação Robert Wood Johnson,
“Em busca da perfeição: aumentando o nível da qualidade em saúde", e atuou
como jurado no Prêmio de Realização em Qualidade Kenneth W. Kizer para
Administração de Saúde para Veteranos. Atualmente, atua no Conselho de Ciências
e tecnologia da Carolina do Norte, no conselho e no comitê executivo do
Instituto de Desenvolvimento da Saúde (IHI), no Conselho do Instituto de
Questões Emergentes, no Conselho da Instrumar, no Conselho e no Comitê
Executivo da [TC]² (Textile Clothing and Technology Corporation), e no Conselho
Administrativo do Museu de História Têxtil Americano (ATHM).
É também membro do Instituto de Medicina e do
Conselho Consultivo do Conselho de Pacientes e de Segurança da Carolina do
Norte. Em 1987, Blan e Don Berwick, na época da Universidade de Harvard e do
Plano de Saúde da Comunidade de Harvard, iniciaram o Projeto de Demonstração
Nacional para o Desenvolvimento da Qualidade da Saúde. Ao longo dos anos, este
projeto evoluiu sob a liderança de Don no Instituo de Desenvolvimento da Saúde,
que não possuía fins lucrativos, tornando-se umas das principais forças em
mudança de gestão de saúde em todo mundo. Em 1992, a Sociedade Americana para
Controle de Qualidade (ASQC) presenteou Blan com a Medalha Edwards por suas
contribuições extraordinárias para a ciência e pela prática de gestão de
qualidade. Blan recebeu o Prêmio de Graduado Notável da Faculdade de Artes e
Ciências da Universidade do Estado da Flórida, em 1993. Recebeu também a honra
“Grad Made Good” por alunos da Universidade do Estado da Flórida membros do
ODK, uma das principais fraternidades do campus que seleciona todos os anos
três ex-alunos que admiram por suas realizações profissionais. Os interesses de
Blan em pesquisa incluem gráficos estatísticos, gestão de qualidade e
produtividade, implantação estratégica, prova de erros e estatísticas
aplicadas. Em 2001, tornou-se o editor-fundador da Six Sigma Forum Magazine,
uma nova revista publicada pela ASQ.
Em 2005, foi escolhido para receber o Prêmio Deming
em Docência pela Conferência Anual da ASQ. Em 2008, Blan recebeu a Medalha de
Pioneiro Notável em Qualidade C. Jackson Grayson em reconhecimento pela
inovação na promoção da qualidade para a humanidade e pela "liderança em
combinar qualidade e inovação em desenvolvimento de produtos, estratégia e
educação de nível superior”. Blan dividiu esta honra com Al Gore, Dr. Donald
Berwick e Dr. Jerry Weast. Principais Livros Publicados: • Godfrey, A. Blanton
- Cost of Quality . Encyclopedia of Statistics in Quality and Reliability •
Godfrey, A. Blanton - Six Sigma . Encyclopedia of Statistics in Quality and
Reliability • Nakajo, Takeshi; Clapp, Timothy G., & Godfrey, A. Blanton -
Error Proofing, Healthcare . Encyclopedia of Statistics in Quality and
Reliability • Godfrey, A. Blanton, & Leon, Ramon Co-Editors - Management of
Quality and Business Statistics Section, Encyclopedia of Statistics in Quality
and Reliability • Godfrey, A.B. - The Creator of Modern Quality Management -
Dr. Joseph M. Juran's Contributions, 1987-2000, Juran, Quality, and a Century
of Improvement - The Best of Quality Book Series of the International Academy
for Quality - Volume 15, 17 - 25.
Durante os
últimos 25 anos, a evolução do gerenciamento da qualidade foi rápida. Muitas
idéias, conceitos e métodos novos foram introduzidos, alguns com grande
sucesso. Mas muitos se tornaram malvistos ou foram esquecidos e agora ocupam
apenas pequenos espaços em textos sobre qualidade.
A vastidão
do que atualmente chamamos de Gerenciamento Total da Qualidade (TQM) dificulta
que os gerentes sêniores conheçam as dimensões de todas as abordagens
possíveis. Eles de modo geral têm de confiar nos profissionais da qualidade, e
esses especialistas também podem ter conhecimento limitado e conceitos
particulares baseados em experiências passadas. Então, o que um gerente da
qualidade deve fazer?
Determinar o
problema - O primeiro passo para a resolução de qualquer problema é
determiná-lo claramente. A companhia está perdendo negócios devido aos atrasos
no transporte de mercadorias? Possui deficiências de qualidade comparada a seus
principais concorrentes? Está queimando capital com processo de trabalho muito
vagaroso e relações de produtos finais? Tem altos gastos em razão de problemas
na produção ou tempo ocioso do maquinário? Seus produtos e serviços estão
perdendo as características desejadas pelos clientes? Suas margens estão baixas
pelo fato de a empresa estar amarrada a produtos commodities com pouca ou
nenhuma diferenciação no mercado? Algumas vezes, sabemos claramente quais são
nossos problemas; podemos chegar a um acordo, definir as falhas e selecionar a
abordagem correta rapidamente. Outras vezes nós temos apenas idéias vagas.
Nesses casos, precisamos de uma avaliação formal. Podemos escolher uma
avaliação extensa fundamentada no Malcolm Baldrige National Quality Award, nos
padrões ISO 9000, no European Quality Award ou uma revisão com base na
combinação dos elementos dessas e de outras fontes. Se os problemas são basicamente
relacionados a custos, podemos optar por uma auditoria nos custos da qualidade.
Nós mesmos podemos fazer essas avaliações ou escolher empresas de consultoria
com experiência e ferramentas apropriadas. O importante é compreender
verdadeiramente os pontos fortes e os fracos e como estes últimos estão
afetando os resultados dos negócios no momento.
Selecionar
as ferramentas corretas - Assim que tivermos a avaliação em mãos, podemos
escolher a abordagem adequada para a resolução dos problemas mais importantes.
Há diversas possibilidades: variação de processo e de produto causando inúmeros
defeitos, tempo ocioso do maquinário, queda nas vendas ou custos excessivos,
casos em que precisamos implementar métodos estatísticos de controle da
qualidade, análises de performance e estudos de capacidade do processo. Podemos
ter descoberto que não estamos produzindo aquilo que o cliente deseja, então
precisamos de métodos para entender as necessidades de nossos clientes e
desdobrar esse entendimento ao longo do processo de projeto e desenvolvimento.
Se descobrirmos que nossas margens estão baixas devido a altos custos internos,
teremos de redesenhar ou reconstruir o processo para reduzir tempo, gastos e
estoques em processo por meio de melhorias no processo ou na programação, ou
ainda usar métodos de engenharia de valor para diminuir os custos com produção
e produtos.
Apenas
algumas organizações têm uma compreensão profunda da atual diversidade de
métodos e ferramentas disponíveis para sanar problemas críticos. Com muita
frequência, os executivos confiam em especialistas internos ou em consultoria
externa, os quais conhecem apenas uns poucos métodos. Essas pessoas geralmente
apressam-se em desmerecer os métodos que elas não entendem: se vendem martelos,
todos os problemas se parecem com pregos.
Implementação -
Uma vez que tenhamos entendido os problemas e identificado as ferramentas e os
métodos mais adequados para resolvê-los, é a hora da implementação. Essa,
também, é uma fase difícil. Primeiro devemos introduzir o método, gastando
tempo e dinheiro nos treinamentos necessários, se as técnicas forem novas para
a empresa. Talvez haja a necessidade da construção de uma infra-estrutura,
incluindo equipes de gerenciamento, sistemas de informação e grupos de
trabalho, antes que comecemos. Também pode ser necessário selecionar
membros-chave da gerência para atuar como champions para levar o trabalho
adiante. E, como sempre, teremos que lidar com o pior dos problemas: encontrar
tempo para ensinar novos métodos aos funcionários e iniciar os novos projetos.
Resumindo,
tudo está contido dentro de três idéias simples: saber quais são os problemas,
saber que solução dar a esses problemas e saber como usar a solução escolhida.
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