Gurus da Qualidade Mundial - 2º Armand Feigenbaum
Armand Vallin
Feigenbaum (nascido em 1922) é especialista em controle de qualidade e
empresário americano. Desenvolveu o conceito de Controle de Qualidade Total,
posteriormente conhecido como Gestão de Qualidade Total (TQM) Feigenbaum possui
bacharelado pela Union College, e mestrado e Ph.D. pelo Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT). Foi Diretor de Operações de Fabricação da General
Electric (1958-1968), e é atualmente Presidente e Diretor Geral Executivo (CEO)
da General Systems Company de Pittsfield, Massachusetts, uma empresa de
engenharia que projeta e implanta sistemas operacionais. Feigenbaum escreveu
vários livros e atuou como Presidente da Sociedade Americana para a Qualidade
(ASQ) (1961-1963). Suas contribuições
para o acervo de conhecimento a respeito de qualidade incluem: “O
Controle de Qualidade Total é um sistema eficaz para a integração dos esforços
de desenvolvimento, manutenção e aprimoramento da qualidade dos diversos grupos
em uma organização de forma a permite produção e serviços aos níveis mais
econômicos possíveis, possibilitando a total satisfação do cliente”. “ O
conceito de fábrica “escondida” – a idéia de que tanto trabalho extra é
realizado na correção de erros que faz com que exista uma fábrica escondida
dentro de todas as fábricas. “ Responsabilização para a qualidade”.
Uma vez que a
qualidade seja responsabilidade de todos, poderá se tornar responsabilidade de
ninguém – a ideia de que a qualidade deve ser gerenciada ativamente e possuir
visibilidade nos níveis mais altos de gestão. Prêmios e honrarias de Armand Feigenbaum * Primeiro ganhador do
Prêmio Lancaster da Sociedade Americana para a Qualidade (ASQ) * A Medalha
Edwards da ASQ, em 1965, em reconhecimento da “criação e implantação dos
fundamentos básicos para o controle de qualidade moderno” Prêmio de Mérito da
Associação Industrial de Segurança Nacional (NSIA) dos Estados Unidos * Membro
do Grupo Consultivo do Exército dos Estados Unidos *
Presidente de
Conselho de um amplo sistema de avaliação de atividades relacionadas à garantia
de qualidade do Comando de Equipamento do Exército (AMC) * Consultor da
Faculdade Industrial das Forças Armadas dos EUA * Medalha dos Fundadores do
Union College * Membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS)
* Membro Vitalício do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) *
Membro Vitalício da Sociedade Americana dos Engenheiros Mecânicos (ASME) Armand
Feigenbaum é o criador do Controle de Qualidade Total (TQC). Ele considera o
controle de qualidade como um método comercial e não-técnico, e acredita que a
qualidade se tornou a força mais importante que leva ao sucesso e crescimento
organizacional.
A primeira edição de
seu livro “Total Quality Control‖ foi concluída ainda quando era um
estudante de doutorado no MIT. Em seu livro “Quality Control: Principles, Practices and Administration‖, Feigenbaum esforça-se para se
afastar da preocupação principal com os métodos técnicos de controle de
qualidade para se aproximar do controle de qualidade como um método comercial.
Dessa forma, enfatizou o ponto de vista administrativo e considerou as relações
humanas como uma questão básica nas atividades de controle de qualidade.
Métodos individuais, como estatística ou manutenção preventiva, são vistos
somente como segmentos de um programa abrangente de controle de qualidade. Controle de qualidade é definido como: “Um
sistema eficaz de coordenar os esforços de manutenção e aprimoramento da
qualidade dos diversos grupos em uma organização de forma a permitir produção e
serviços aos níveis mais econômicos possíveis, possibilitando a total
satisfação do cliente”. Armand Feigenbaum enfatiza que a qualidade não
significa o melhor, mas o melhor para o uso do cliente e para o preço de venda.
A palavra controle em controle de qualidade representa uma ferramenta de gestão
com quatro etapas:
•Definir
os padrões de qualidade
•Avaliar
a conformidade com estes padrões
•Agir
quando os padrões são excedidos
•Planejar
aprimoramentos nos padrões. O controle de qualidade é considerado presente em
todas as fases do processo de produção industrial, desde a especificação do
cliente e a venda por meio de projeto, engenharia e montagem, até a conclusão
com a expedição do produto para um cliente contente com o resultado. O controle
eficaz dos fatores que afetam a qualidade do produto é considerado como o
controle necessário em todas as etapas importantes do processo de produção. Estes controles ou tarefas de controle de
qualidade podem ser classificados como:
•
Controle de projeto novo
•
Controle de material de chegada
•
Controle do produto
• Estudos especiais
do processo. A qualidade é considerada como ter se tornado a força mais
importante que leva ao sucesso e crescimento organizacional em mercados
nacionais e internacionais. Além disso, alega-se que: “A qualidade é, em sua
essência, um modo de gestão da organização e que, assim como os departamentos
financeiros e de marketing, a qualidade se tornou um elemento essencial de
gestão moderna”. Dessa forma, o
Controle de Qualidade Total é definido como: “A estrutura firmada de
operação de serviços da empresa ou fábrica, com documentação em vigência e com
procedimentos técnicos e administrativos integrados para a condução de ações
coordenadas de pessoas, máquinas e informações da empresa e da fábrica para
alcançar as formas melhores e mais práticas a fim de assegurar a satisfação da
qualidade do cliente e os custos econômicos da qualidade”.
Os custos da qualidade operacional são divididos em:
•
Custos preventivos, incluindo o planejamento da qualidade.
•
Custos de avaliação, incluindo inspeção.
•
Custos de falhas internas, incluindo sucata e retrabalho.
•
Custos de falhas externas, incluindo garantia, reclamações etc. As reduções nos custos da qualidade
operacional são consequência da definição de um sistema de qualidade total por
dois motivos:
•
A escassez de padrões existentes eficazes direcionados a clientes pode
significar que a qualidade atual dos produtos não é a melhor devido ao uso
•
Gastos com custos preventivos podem reduzir em várias vezes os custos de falhas
internas e externas. A edição do 40° aniversário do livro do Dr. A. V.
Feigenbaum, Total Quality Control,
amplia a definição do Controle de Qualidade Total para a década de 1990 sob a
forma de dez pontos cruciais para o sucesso da qualidade total. Os pontos são
os seguintes:
•
Qualidade é um processo que envolve toda a empresa.
•
Qualidade é aquilo que o cliente diz.
•
Qualidade e custo é uma soma, não uma diferença.
•
Qualidade requer zelo extremo tanto de um indivíduo quanto da equipe.
•
Qualidade é uma forma de gestão.
•
Qualidade e inovação dependem uma da outra.
•
Qualidade é ética.
•
Qualidade requer aprimoramento contínuo.
•
Qualidade é o caminho com o melhor custo-benefício e menor capital intensivo
para a produtividade.
•
Qualidade é implantada por meio de um sistema total conectado a clientes e
fornecedores. Estes são os dez pontos cruciais para a qualidade total na década
de 1990. Eles fazem da qualidade uma forma de concentrar o foco da empresa
totalmente no cliente – seja ele o usuário final ou o homem ou mulher na
estação de trabalho ou mesa ao seu lado. O mais importante, eles fornecem à
empresa os pontos fundamentais para a implantação bem-sucedida da liderança de
qualidade internacional.
Feigenbaum
é o Criador do TQC: Total Quality Control – a proposta de um sistema eficiente
para integrar o desenvolvimento, manutenção e aprimoramento da Qualidade
através de esforços dos vários grupos que formam uma organização tais como
marketing, engenharia, produção e serviços a fim de atingir e satisfazer as
necessidades do consumidor, da maneira mais econômica possível.
Ele
introduziu o termo Controle de Qualidade-TQC Total nos Estados Unidos. Controle
da Qualidade Total trata a qualidade como uma estratégia que requer a
participação efetiva de todos na organização. A qualidade se estende além dos
defeitos no chão de fabrica; é uma filosofia e um compromisso para com a
excelência.
Feigenbaum
define Controle da Qualidade Total como: qualidade total significa ser guiado
para a excelência, em vez de ser guiado pelos defeitos (Brocka & Brocka,
1994).
Feigenbaum
defende que, é o cliente externo que tem a palavra final, e os fatores que
afetam a Qualidade podem ser divididos em duas categorias distintas:
- Tecnológicos: máquinas, materiais, insumos e
processos.
- Humanos: tempo e pessoal ( considerados por
Feigenbaum como os mais importantes).
Armand
Feigenbaum apresenta três passos para a Qualidade:
1.
Liderança para a Qualidade. A qualidade deve ser planejada em termos
específicos. Essa abordagem é guiada para a excelência em lugar da tradicional
abordagem com foco nas falhas. Excelênciasignifica manter foco constante na
manutenção da qualidade.
2.
Tecnologia moderna da qualidade. Todos os membros da organização devem ser
responsáveis pela qualidade de seus produtos e/ou serviços, Isto quer dizer,
todo o pessoal do escritório no processo como os engenheiros e os trabalhadores
do chão de fabrica devem trabalhar integrados num só objetivo. O trabalho deve
estar livre de erros e deve ser o objetivo de novas técnicas quando
apropriadas. Aquilo que é aceitável hoje a nível de qualidade para um cliente
hoje poderá não sê-lo amanhã.
3. Compromisso
organizacional. Exige motivação contínua. Para Armand Feigenbaum a qualidade é
um modo de vida corporativa; um estilo de gerenciamento. O Controle da
Qualidade Total produz impacto por toda a empresa.
Segundo
Feigenbaum é a participação e o apoio entusiástico de todos os indivíduos
na organização, ou seja o comprometimento de forma positiva com a
qualidade é a razão do sucesso.
Todo funcionário se orgulhará de pertencer a uma empresa na qual a sua rotina
diária de diretores, gerentes, supervisores e funcionários forem consistentes
com os objetivos da empresa.
O
comprometimento gera um espírito de equipe por toda organização, assim sendo os
funcionários poderão sentir que o bem estar do grupo é importante para o
próprio bem estar de cada um (Feigenbaum,1994).
A
resistência do pessoal da empresa à um programa de controle da qualidade total
é uma atitude normal e defensiva, a menos que seja adequadamente introduzido. A
resistência geralmente é causada pela falta ou falha de informação sobre os
procedimentos e objetivos do programa. Um fator importante na obtenção e
manutenção do comprometimento com a qualidade é a clareza nos processos de
comunicação.
Para
ele, uma considerável parte do processo de aprendizado na qualidade, atitudes,
conhecimentos e habilidades acontecem de forma bastante informal, através da
experiência vivenciada, dos contatos diários entre operador e chefia e da
discussão entre colegas.
Feigenbaum complementa,
que as contribuições e idéias dos funcionários devem ser seriamente
consideradas e colocadas em operação quando se revelarem eficientes e
relevantes; assim sendo é muito importante conseguir a participação e
envolvimento do funcionário em âmbito organizacional.
Principais Livros Publicados:
•
Feigenbaum, A. V - Quality Control:
Principles, Practice and Administration; an Industrial Management Tool for
Improving Product Quality and Design and for Reducing Operating Costs and
Losses,
•
Feigenbaum, A.V. - Total Quality
Control,
•
Feigenbaum, A V; Feigenbaum, Donald S. - The
Power of Management Capital : Utilizing The New Drivers of Innovation,
Profitability, and Growth in a Demanding Global Economy,
• Feigenbaum, A V;
Feigenbaum, Donald S. - The Power of
Management Innovation : 24 Keys for Sustaining and Accelerating Business Growth
and Profitability,
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