Gerenciamento de risco
realiza-se com a adoção de melhores práticas de infraestrutura, políticas e metodologias, permitindo uma melhor gestão dos limites de risco aceitáveis, do capital, da precificação e do gerenciamento da carteira.
Risco significa incerteza sobre a ocorrência ou não de uma perda ou prejuízo, e a forma de se controlar os riscos é através de seu gerenciamento. Ser capaz de gerenciar o risco significa "tentar evitar perdas, tentar diminuir a frequência ou severidade de perdas ou pagar as perdas de todos os esforços em contrário", entendendo-se 'frequência de perdas' como a quantidade de vezes que a perda ocorre, enquanto a severidade seria o custo do prejuízo decorrente da perda.
Conforme Jorion, no Gerenciamento de Risco financeiro considera-se, em primeira instância, os riscos financeiros que compreendem aqueles que ocasionam ganhos ou perdas de recursos financeiros para instituição. Quanto à volatilidade, são observados resultados inesperados relacionados ao valor de ativos ou passivos de interesse.
Tipos de riscos
- Risco de mercado,
- Risco de crédito
- Risco de liquidez
- Risco operacional
- Risco legal
- Risco do fator humano
Risco de mercado é o risco de que mudanças nos preços e nas taxas no mercado financeiro reduzam o valor das posições de um título ou de uma carteira." Os riscos de mercado de um fundo normalmente são medidos com base em um índice ou carteira benchmark.
Risco de crédito é o "risco de que uma mudança na quantidade do crédito de uma contraparte possa afetar o valor da posição de um banco. Neste tipo de risco, a contraparte não quer ou não pode cumprir com suas obrigações contratuais e, eventualmente, sofre rebaixamento por parte de uma agência classificadora de risco.
Risco de liquidez compreende tanto o risco de financiamento de liquidez quanto o risco de liquidez relacionado às negociações, [...]. Risco de financiamento de liquidez se relaciona à capacidade de uma instituição financeira de levantar o caixa necessário para rolar sua dívida, para atender exigências de caixa, margem e garantias das contrapartes e (no caso de fundos) de satisfazer retiradas de capital. O risco de liquidez relacionado a negociações, [...], é o risco de que uma instituição não seja capaz de executar uma transação ao preço prevalecente de mercado porque não há, temporariamente, qualquer apetite pelo negócio "do outro lado" do mercado. O risco de financiamento de liquidez e o risco de liquidez relacionado às negociações "definem-se como duas dimensões do risco de liquidez". Quando uma transação não puder ser adiada, sua execução pode levar a uma perda substancial na posição. É um risco difícil de ser quantificado.
O risco operacional, por sua vez, "[...] se refere às perdas potenciais resultantes de sistemas inadequados, falha da gerência, controles defeituosos, fraude e erro humano". Relacionado ao risco operacional, existem vários casos de falhas operacionais relacionadas a uso de derivativos, caracterizadas por transações alavancadas, ao contrário das transações à vista. Um negociante pode fazer comprometimentos muito grandes em nome da instituição financeira, gerando exposições futuras enormes, utilizando pequeno volume de dinheiro.
O risco jurídico "surge por toda uma série de razões. Por exemplo, uma contraparte pode não ter a autoridade legal ou regulatória para se engajar em uma transação. Riscos Jurídicos geralmente só se tornam aparentes quando uma contraparte, ou investidor, perde dinheiro em uma transação e decide acionar o banco para evitar o descumprimento de suas obrigações".
O risco do fator humano é assim definido como “uma forma especial de risco operacional. Relaciona-se às perdas que podem resultar em erros humanos como apertar o botão errado em um computador, inadvertidamente destruir um arquivo ou inserir um valor errado para um parâmetro de entrada de um modelo”
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